sábado, 23 de fevereiro de 2013

Hospital de Curitiba afasta 47 funcionários da UTI
Todos trabalhavam com médica acusada de antecipar a morte de pacientes
  
O GLOBO 
Publicado: 22/02/13 - 20h51  Atualizado: 22/02/13 - 20h53

CURITIBA — A diretoria do Hospital Evangélico de Curitiba anunciou nesta sexta-feira o afastamento de 47 funcionários da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), incluindo 13 médicos. Todos trabalharam com a médica Virgínia Helena Soares, ex-chefe da UTI, que está presa no Centro de Triagem de Piraquara acusada de homicídio qualificado de pacientes sob responsabilidade dela. A Polícia investiga o envolvimento de outras pessoas nas mortes de pacientes.
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Michelotto, não descarta que houvesse uma “quadrilha da morte” na UTI.
— Se havia isso, ela não fazia sozinha — disse ele.
Uma enfermeira auditora que trabalhou no Hospital Evangélico disse em entrevista que outros funcionários sabiam que Virgínia provocava a morte de pacientes:
— Todo mundo lá no hospital sabia o que a doutora fazia, desde o clínico até os técnicos. Então, não adianta abrir sindicância, todos sabiam.
O diretor clínico do Hospital Evangélico, Gilberto Pascolat, diz nunca ter recebido denúncias contra a médica:
— Oficialmente, nós não temos nenhuma queixa contra a doutora Virgínia nem contra a sua equipe da UTI. Todas as queixas que vêm da equipe médica ou da equipe de enfermagem tem que chegar a mim e não tem nada contra ela.
Em nota, a direção do Evangélico afirmou que o caso é pontual e ocorreu em uma das quatro UTIs. O advogado da médica, Elias Mattar Assad, disse que deve pedir nos próximos dias à Justiça que liberte Virgínia. Ele apresentou carta supostamente escrita por Virgínia pondo em xeque a investigação e questionando a existência de provas válidas.
“O livre exercício da medicina está em risco no Brasil”, diz trecho do documento, que classifica a investigação como “o maior erro investigativo e midiático da nossa história”.


Comentário

João Viramundo 22/02/13 - 23:28
Infelizmente é comércio como outro qualquer. Expirou os trinta dias que o plano de saúde banca, se não tiver costa quente é, literalmente, "caixão". Isto é em todo o Brasil. O que a gente apenas desconfia e não tem como provar existe. Falei muito? Então vamos lá: Vivi 48 horas em uma UTI e vi, EU VI. Um médico do staf determinar o desligamento de aparelhos, recusado por um intensivista brasileiro e concretizado por estrangeiro. Não tinha como me defender, tive que fechar os olhos, foi triste.


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