sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


PENSAR AS MULTIPLICIDADES NÃO É FÁCIL

(...) (...) As linhas singulares são a materialidade subjetiva do individuo, a qual compreende elementos visíveis e invisíveis; acontece no plural, funcionando num movimento incessante. O organismo visível, fornece o lastro concreto para uma subjetividade. Contudo, ele é composto por partes infinitamente divisíveis as quais chamamos corpo. O organismo não é o corpo. Este   ultrapassa os limites do  organismo de onde a medicina extrai a sua mais-valia de prestígio. As linhas singulares inscrevem-se num corpo não  imediatamente visível nem tampouco separado do meio por uma linha de fronteira bem demarcada. Elas são antes de tudo micro-potências que  impulsionam  o funcionamento motor, cognitivo, intelectual, existencial, enfim, tudo que signifique produção incessante de vida. O paciente é composto  por  elas e são elas  que se expressam  como   devires. Um sintoma é uma linha singular , já que, apesar de ser signo de  uma  doença cadastrada  na CID-10, ao  mesmo  tempo é expresso como território existencial.”Eu sou  meu  delírio”, “Eu sou  minha  tontura”, etc. 
(...)
A.M.

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