NÃO HÁ O SER
(...) (...) Quando se fala em subjetividade, a tendência é considerá-la como algo próximo ou similar à mente, à alma, ao cérebro, ao eu, à personalidade. Ela seria constituída como uma espécie de mundo interior naturalmente separado do mundo exterior. O que essas designações têm em comum é o fato da subjetividade ser posta como uma substância, se possível, visível ao pesquisador dos seus segredos. Ocorre que ela não é algo visível, não possui uma forma que remeteria a uma substância. Ela é processo, fluxo incessante. A vida nos mostra isso. Concebe-se tal qualidade na medida em que adotamos a perspectiva do tempo que passa e não volta: a irreversibilidade. Assim, é possível se pensar a subjetividade segundo uma percepção não espacial, mas temporal. Isso requer uma atitude nova.
(...)
A.M.
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