terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


NÃO HÁ O SER

(...) (...) Quando se fala em subjetividade, a tendência é considerá-la como algo próximo ou  similar à mente, à alma, ao cérebro, ao eu, à  personalidade. Ela seria constituída como  uma  espécie de mundo interior naturalmente separado do mundo exterior. O que essas designações têm em comum é o fato da subjetividade ser posta como uma substância, se possível, visível ao  pesquisador  dos seus segredos. Ocorre que  ela não  é  algo  visível, não  possui   uma forma  que  remeteria a uma substância. Ela é processo, fluxo incessante. A vida nos  mostra isso. Concebe-se  tal  qualidade na medida  em que  adotamos a  perspectiva  do  tempo  que passa e não  volta: a  irreversibilidade. Assim, é possível se pensar a subjetividade segundo uma percepção não  espacial,  mas  temporal. Isso  requer  uma atitude nova.
(...)
A.M.

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