domingo, 24 de fevereiro de 2013

"O  INCONSCIENTE  É  ÓRFÃO, ATEU  E ANARQUISTA"


(...) (...) A luta pela diferença passa  por  uma  rachadura no conceito de saúde mental. Feito isso, o espaço-tempo  de trabalho com o paciente alarga-se ao ponto de não  mais  pertencer  ao mercado da saúde mental  e sim aos territórios  coletivos conquistados  no encontro  com a  loucura. Muda o conceito de transtorno mental ou o de doença mental, como antes era chamado. Quem é  doente? O que é doença? Não há certezas. Esse fato é condição elementar  para desfazer a  saúde mental como organização da forma- Estado e substitui-la por uma clínica órfã e molecular,   produzindo  seus próprios códigos. Uma outra semiótica poderá  surgir dos problemas (sempre há)  que  o paciente  traz. O diagnóstico submete-se ao contexto social  e não o contrário. Acreditamos que, desse modo, os técnicos se farão aliados de forças que eles  mesmos tornarão úteis em   terapêuticas singulares. Ao pé  da letra, diríamos:  servirão  ao  paciente  ou  nada  serão
 (...)
A.M.

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