"O INCONSCIENTE É ÓRFÃO, ATEU E ANARQUISTA"
(...) (...) A luta pela diferença passa por uma rachadura no conceito de saúde mental. Feito isso, o espaço-tempo de trabalho com o paciente alarga-se ao ponto de não mais pertencer ao mercado da saúde mental e sim aos territórios coletivos conquistados no encontro com a loucura. Muda o conceito de transtorno mental ou o de doença mental, como antes era chamado. Quem é doente? O que é doença? Não há certezas. Esse fato é condição elementar para desfazer a saúde mental como organização da forma- Estado e substitui-la por uma clínica órfã e molecular, produzindo seus próprios códigos. Uma outra semiótica poderá surgir dos problemas (sempre há) que o paciente traz. O diagnóstico submete-se ao contexto social e não o contrário. Acreditamos que, desse modo, os técnicos se farão aliados de forças que eles mesmos tornarão úteis em terapêuticas singulares. Ao pé da letra, diríamos: servirão ao paciente ou nada serão
(...)
A.M.
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