(...) Os 100 dias de cárcere de Odebrecht são divididos em duas etapas. Nos 26 primeiros dias esteve preso na Custódia da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba - QG das investigações, sob a guarda direta daqueles que o prenderam. O empresário dormiu na cama superior de uma beliche, em uma cela sem janela, onde a luz que entra é a do vão das grades da porta. Com ele, dois outros executivos.
Acostumado a eventos sociais, jantares sofisticados, o dono da Odebrecht não reclamou da comida, em geral arroz, feijão, macarrão e uma carne. Seu primeiro pedido chegou oficialmente, via advogado, no mesmo dia que foi transferido para Curitiba: o direito ao consumo de barras de cereal de três em três horas, por causa de uma hipoglicemia. Foi atendido. Ao ser preso, Marcelo Odebrecht avisou aos familiares que não queria receber visitas. A ordem deveria valer também para a mulher dele, Isabela. Mas é ela, junto com a irmã do executivo, Mônica Odebrecht quem mais o visitam na carceragem, sempre às sextas-feiras.
Odebrecht pediu pessoalmente aos agentes da Custódia da PF iluminação dentro da cela (o que é proibido) e depois a liberação para comprar duas TVs que seriam instaladas estrategicamente nos dois corredores que dão acesso aos dois blocos de três celas. Ambos negados.
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Blog do Josias de Souza,27/09/2015, 09:30 hs
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