GUERRA FRIA: UM ARCAÍSMO
Quem esperava que o Bolsonaro, já presidente, seria diferente do Bolsonaro candidato, se equivocou. Existe apenas um com seu discurso radical, que, irônico paradoxo, reproduz um dos erros dos governos de esquerda que ele abomina e combate: o do “nós contra eles”. O novo presidente da extrema direita confessou que veio “libertar o Brasil do socialismo”, e que a bandeira brasileira “nunca será vermelha”. É como afirmar que aqueles que defendem, em seu direito democrático, os valores que não são os da extrema direita, não cabem mais no Brasil.
O grande ausente em seus discursos, que poderia tê-lo resgatado das acusações de sectarismo, foi a esperada afirmação de que pretendia ser o presidente de “todos os brasileiros”, sem distinção de cores ou ideologias. Um presidente disposto a contribuir para reconstruir juntos um país lacerado. Tentar combater o perigo das ideologias excludentes com outra ideologia de cor diferente é perpetuar o drama da divisão.
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Juan Arias, El País, 01/01/2018, 21:36 hs
"Libertar o Brasil do socialismo"... É como afirmar que aqueles que defendem, em seu direito democrático, os valores que não são os da extrema direita, não cabem mais no Brasil.
ResponderExcluirEu não fiz essa leitura "fechada" quando ouvi isso... Tem muito mais carôço debaixo desse angu.
O socialismo não deu certo em lugar nenhum. A França e um exemplo disso.Bolsonaro pegou leve. É comunismo mesmo!!!
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