Quando se trabalha, a solidão é, inevitavelmente, absoluta. Não se
pode fazer escola, nem fazer parte de uma escola. Só há trabalho
clandestino. Só que é uma solidão extremamente povoada. Não povoada
de sonhos, fantasias ou projetos, mas de encontros. Um encontro é talvez a
mesma coisa que um devir ou núpcias. É do fundo dessa solidão que se
pode fazer qualquer encontro. Encontram-se pessoas (e às vezes sem as
conhecer nem jamais tê-las visto), mas também movimentos, ideias,
acontecimentos, entidades.
(...)
G. Deleuze e C. Parnet in Diálogos
Nenhum comentário:
Postar um comentário