HORROR NO CEARÁ
Há uma guerra virtual dentro da guerra travada entre facções criminosas e o Governo estadual nas ruas do Ceará. Os criminosos se multiplicam em mensagens no WhatsApp e Facebook e amplificam a onda de pavor na qual Fortaleza e outras 50 cidades estão mergulhadas há duas semanas, quando atentados começaram a acontecer. Em contrapartida, o Estado tenta lançar mão de uma artilharia digital pesada para tentar rebater as ameaças. Passou inclusive a oferecer recompensa de até 30.000 reais por informações após uma denúncia feita por aplicativo levar a Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) a um depósito clandestino com mais de cinco toneladas de explosivos.
Em vídeos, áudios e textos, os bandidos mostram como agem e mandam recados audaciosos à população e à alta cúpula da Polícia Militar cearense. “Agora a bagunça vai começar, é de com força”, debocha o membro de uma das facções enquanto filma um ônibus em chamas. “Uns toca fogo na prefeitura, uns toca fogo nos coisa lá dos policial, tá ligado?”, desafia outro, em reprodução das mensagens que mantém as incorreções ortográficas originais.
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Bruno de Castro, El País, Fortaleza,17/01/2019, 22:13 hs
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