terça-feira, 1 de janeiro de 2019

OS IDÓLATRAS

Identificar o governo Bolsonaro como sendo de extrema direita (ou fascista), pode ter sido interessante (como estratégia da esquerda) durante a campanha eleitoral. Agora não mais. Bolsonaro no poder atende a interesses de segmentos sociais os mais diversificados, incluindo aqueles refratários a uma definição clara, e fora da nomenclatura técnico-política acadêmica. Seria possível elencá-los? Fascista de direita, extrema direita, direita moderada, conservador, liberal, centro, centro-direita, classe média-revoltada-com-a-corrupção, classe-média-empobrecida, evangélico, religioso conservador, religioso-messiânico, proletariado conservador, desempregado, etc. É bom lembrar que nessa visão os epítetos Direita e Esquerda servem tão só como balizamentos políticos sujeitos a uma análise de conjuntura. Não são essências. O cidadão médio sabe vagamente (quando sabe) o que é ser de direita ou o que é ser de esquerda. Ele quer mais é comida, casa, transporte, roupa, saúde, segurança,educação, esporte, diversão,não necessariamente nessa ordem, exceto pela inclusão da comida como método de sobrevivência orgãnica. A adesão coletiva inflamada e enlouquecida ao novo presidente (veja fotos de hoje em Brasília) é correlata a adesão inflamada e enlouquecida ao ex-presidente, o presidiário. No fundo (a história é pródiga em exemplos) a humanidade corre atrás dos seus ídolos como se fossem deuses na Terra.

A.M.

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