segunda-feira, 9 de setembro de 2019

A ARTE RESISTE

É preciso percorrer pouco mais de dez quilômetros em uma estrada de terra vermelha pouco iluminada para chegar até a casa do pintor polonês Maciej Babinski. Ali, em um sítio localizado em pleno sertão do Ceará — a 430 quilômetros da capital Fortaleza— ,o artista de 88 anos acostumado a expor suas obras em importantes museus do Brasil e do mundo, construiu um verdadeiro oásis da arte: uma galeria e um ateliê sempre abertos à visitação que funcionam no duplex anexo à casa dele. Por lá, passam desde estudantes das escolas locais até artistas e pesquisadores que cruzam o país para visitá-lo. "Sou contra a globalização. Eu acho que a cultura vai sobreviver nas aldeias do mundo", filosofa Babinski, enquanto se acomoda em uma poltrona de sua sala e balança um copo de uísque com gelo. Depois de 28 anos vivendo distante dos grandes centros de arte do Brasil —o pintor viveu no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo quando chegou ao país, nos anos 50—, ele retornou à capital paulista neste sábado (7) para abrir a exposição Retratos Eriçados, em cartaz na Pharmacia Cultural Fundação Stickel até o dia 1º de novembro.
(...)

Beatriz Jucá, El País, 08/09/2019, 21:46 hs

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