CLÍNICA E CRÍTICA
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Como foi dito, o psiquiatra torna-se outra coisa, um devir, devir-feiticeiro, estranha metamorfose que se atualiza num meio tecnológico saturado de mercadorias.No corpo a corpo com o paciente , ele age. Sobretudo, nada acumula, nada conhece, não como estágio zero do conhecimento, mas como um ingênuo diante do cosmos.O feiticeiro é apenas um dos seus disfarces. Composto em meio às serializações tecno-científicas, ele traça um equilibrismo ético-político. Ao mesmo tempo, lida com a palavra e a escuta não só como condições ao atendimento, mas como o próprio atendimento.A fala provém da espontaneidade-criativa inscrita no ato da entrevista. A escuta está dada como sensibilidade para o novo, o heterogêneo, o estranho. Trata-se de uma clínica das multiplicidades: uma prática a se fazer, a se produzir, a se inventar. Sem modelo.
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A.M. in Trair a psiquiatria
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