Excerto de auto-entrevista - julho de 2007
P- A partir de que autores você estrutura essas idéias?
R- Haveria que citar muitos nomes. Contudo, destaco os que são, sem dúvida, essenciais para construção da base teórica: Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Acrescento também a contribuição da Análise Institucional (Gregório Baremblitt, entre outros) e o pensamento de Jacob Levi Moreno, criador do psicodrama.
P-O seu discurso é contra a psiquiatria?
R- De modo algum. A psiquiatria jamais é recusada em sua contribuição científica e tecnológica. Trata-se de outra coisa. Ela é, isto sim, interpelada e posta no seu “devido lugar”, submetida às injunções sócio-histórico-político-econômicas. Buscamos retirar o caráter de essência intocável do saber psiquiátrico e conectá-lo com saberes múltiplos vindo de áreas heterogêneas. Assim, talvez seja possível “oxigenar” as concepções e as práticas psiquiátricas sobre os transtornos mentais. Essa é a idéia.
Antonio Moura - do livro Trair a psiquiatria
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