sábado, 28 de janeiro de 2012

O OTIMISMO DO PLANETA

Existe uma forma-Academia, instituição que atravessa a Educação. Sua marca mais característica é produzir um ensino-conhecimento descompromissado  com mudanças  estruturais da Realidade Social,  mesmo que diga o contrário em sua aulas, ensaios,  dissertações e teses. A forma-Academia funciona como uma espécie de Transcendência dos tempos atuais, usando  a Razão científica como seu significante maior. Só para citar um exemplo simples,  mas não menos terrível: quem fabricou a bomba de Hiroshima? 
A ciência, a filosofia, até mesmo a arte, hoje,  compõem  peças bem ajustadas  à engrenagem da máquina do capital industrial e financeiro.Estamos todos metidos nisso até as entranhas de uma  subjetividade passiva e serializada. Segmentos sociais preocupados com o destino da Terra (por exemplo, os que participam do Fórum Mundial) falam, falam, mas não têm força política. Muitos que querem mudanças radicais também não possuem força política. O que fazer?

Antonio Moura

3 comentários:

  1. O que fazer?
    Desejar
    Delirar
    O resto acontece
    O universo abre

    Poema de 28/01/2012

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  2. Acredito que a questão é muito mais de percepção, para ser bem deleuziano. Concordo contigo que há um mapa de miserabilidade, assim como uma sociedade depressógena. Porém, há corpos que resistem e afirmam essa resistência e até mesmo com força política, talvez não para deformar a realidade estruturalmente, mas nem por isso menos afirmativas. A questão, portanto, passa a ser "quem vê?" e "o que vê?" Uma questão de percepção. Não entrarei aqui na problematização do ato de ver. Sugiro o documentário Janela da Alma. Só registro que esse "ver" não é um ato mecânico do organismo, tipo "abrir os olhos". Vê-se de "olhos bem fechados" (kubrick) também.

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  3. A questão da "visibilidade", no meu humilde modo de ver, é mais importante do que a questão política.

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