O OTIMISMO DO PLANETA
Existe uma forma-Academia, instituição que atravessa a Educação. Sua marca mais característica é produzir um ensino-conhecimento descompromissado com mudanças estruturais da Realidade Social, mesmo que diga o contrário em sua aulas, ensaios, dissertações e teses. A forma-Academia funciona como uma espécie de Transcendência dos tempos atuais, usando a Razão científica como seu significante maior. Só para citar um exemplo simples, mas não menos terrível: quem fabricou a bomba de Hiroshima?
A ciência, a filosofia, até mesmo a arte, hoje, compõem peças bem ajustadas à engrenagem da máquina do capital industrial e financeiro.Estamos todos metidos nisso até as entranhas de uma subjetividade passiva e serializada. Segmentos sociais preocupados com o destino da Terra (por exemplo, os que participam do Fórum Mundial) falam, falam, mas não têm força política. Muitos que querem mudanças radicais também não possuem força política. O que fazer?
Antonio Moura
O que fazer?
ResponderExcluirDesejar
Delirar
O resto acontece
O universo abre
Poema de 28/01/2012
Acredito que a questão é muito mais de percepção, para ser bem deleuziano. Concordo contigo que há um mapa de miserabilidade, assim como uma sociedade depressógena. Porém, há corpos que resistem e afirmam essa resistência e até mesmo com força política, talvez não para deformar a realidade estruturalmente, mas nem por isso menos afirmativas. A questão, portanto, passa a ser "quem vê?" e "o que vê?" Uma questão de percepção. Não entrarei aqui na problematização do ato de ver. Sugiro o documentário Janela da Alma. Só registro que esse "ver" não é um ato mecânico do organismo, tipo "abrir os olhos". Vê-se de "olhos bem fechados" (kubrick) também.
ResponderExcluirA questão da "visibilidade", no meu humilde modo de ver, é mais importante do que a questão política.
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