segunda-feira, 4 de março de 2013


AS FORÇAS DO CAOS

(...) (...) Usamos o conceito  de caos para  produzir novas leituras da clinica dos transtornos mentais. O que está em jogo é agenciar forças ativas em prol do paciente como um modo de subjetivação inscrito em multiplicidades. Trabalhar com o paciente na busca da diferença implica em percorrer uma multiplicidade. Esse é o real em si mesmo de tudo o que se chama “um doente”. As linhas de doença se misturam às linhas de não-doença num agenciamento cujo  produto é uma superposição de territórios iguais. Podemos abarcar  todo o sistema nosológico  psiquiátrico para demonstrar que o paciente está de antemão submetido  à forma  psiquiátrica produzindo-o antes  de  tudo como massa passiva à espera de  ordens. Tal   situação é a  de  um anti-devir. Por isso, o sistema nosológico psiquiátrico na verdade é um sistema classificatório de condutas e pode ser  visto  como  uma proteção erguida  contra  o caos. 
(...)
A.M.

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