ONDE A CORUJA DORME
O futebol e seu brilho enigmático, sua magia diabólica, inspira escritos em que a condição de ser o esporte-maior lhe outorga os direitos de uma reflexão mais profunda: por que tanta intensidade e paixão? Em campo a vivência do torcedor, o que torce e distorce os fatos, constroe um link com o pensamento da diferença. O futebol é trágico por ser alegre, por ser leve, por ser belo. Assim é gritar tantas vezes numa loucura incontida, mesmo na derrota acachapante ou no azar imerecido. "O time jogou bem; não merecia ter perdido". Ora, o futebol não é justo ou injusto. Não estamos diante de um tribunal da Razão. O futebol é belo ou não é! Uma escola de vida ou é ela mesma, a Vida, sob a forma de dribles. Desse modo, o modelo rizomático do pensamento (Deleuze/Guattari) pode operar uma análise dos seus resultados surpreendentes ou às suas reviravoltas no placar. É que ao longo do jogo, quase tudo pode acontecer, mil conexões, a arte de fazer gols. Resta jogar os dados...
A.M.
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