QUEM DELIRA?
O delírio é considerado um sintoma (perigoso) pela psiquiatria. Por isso necessita ser controlado via fármacos. Na fenomenologia ele é um modo de existência, um ser-no-mundo. Para Freud, uma defesa contra o desejo homossexual. Já Lacan o via como uma espécie de "buraco" no simbólico, mais elegantemente chamado de foraclusão. São concepções atadas ao espaço psíquico. Pensamos outra coisa: através das linhas abstratas (sem forma) de Deleuze-Guattari, acessamos o delírio como produção coletiva. Neste sentido, todos deliram, restando saber onde, quem, quando, como, por que e para que. O desejo, em seus mil agenciamentos, responderá... Isso põe o técnico em saúde mental, não só o psiquiatra, implicado diretamente com o que acontece para além dos neurônios, ou seja, na produção social.
A.M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário