O RUIM E O PIOR
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Entramos em 2018 com a impressão de que teremos um ano melhor. O problema é que essa impressão se dá muito mais em razão da tragédia que foi o ano anterior, do que na aposta em um projeto efetivo para o País. Das candidaturas presidenciais até agora colocadas, nenhuma aponta ou discute caminhos concretos para o Brasil, quando muito divagam sobre velhas trilhas já exploradas desde 1994. Uma dessas candidaturas insiste no repeteco das mentiras e no dom de iludir como se pudesse repetir em 2018 o que fez em 2014. Tenta transformar carisma em sinônimo de impunidade. Outra vende a ideia de que com truculência e elevada ignorância conseguirá promover distribuição de renda, desenvolvimento, justiça social e derrotar no grito o crime organizado que vem dominando nossos estados. Há ainda aqueles que insistem em repetir as fórmulas que há décadas aplicam em seus redutos eleitorais, sem, entretanto, conseguirem êxito na educação, na saúde ou na segurança. É nesse quadro que se coloca a polarização. De um lado o ruim, de outro o pior.
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Mario Simas Filho, Isto É, 21/12/2017, 18:00 hs
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