sábado, 10 de fevereiro de 2018

AFETOS ESQUIZOS

A demanda psiquiátrica produz as horas. Todos querem comer remédio. Os prontuários se amontoam... Atestam a necessidade, o vazio da falta, o desejo sob trapaça.O psiquiatra se enrosca entre as dobras subjetivas de si mesmo a pensar o que fazer. Acaba fazendo o que deve à ética do cuidado, talvez com um pouco de acuidade psicopatológica. Mas esta patologia vem de fora. É um estupro da mente. Em plena luz do dia, os poderes configuram a angústia. Um dilema hamletiano se apresenta como produção das linhas do que é viver. Como ser psiquiatra num tempo fora dos gonzos? 

A.M.

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