DINASTIA KIM
Multicolorida como a saga dos Buendía em Cem anos de solidão, sangrenta como um drama shakespeariano e cheia de revelações chocantes, amantes ocultas e filhos secretos como nas novelas de TV mais mirabolantes: a dinastia Kim, que governa a Coreia do Norte desde a fundação deste Estado, é tão onipotente em seu país quanto misteriosa e cheia dos vazios deixados por familiares executados ou caídos em desgraça.
O atual líder supremo, Kim Jong-un, terceiro governante da família à frente da República Democrática Popular da Coreia — o homem oficial do país — tem 34 anos e está há apenas seis no poder. Mas nesse tempo demonstrou ser tão implacável quanto seus predecessores: para se garantir no poder, não duvidou em ordenar a execução de seu tio e oponente político, Jang Song-thaek. Seu meio-irmão mais velho, Kim Jong-nam, foi assassinado em fevereiro do ano passado com um agente químico na Malásia, entre rumores de que era percebido pelo irmão como potencial ameaça contra o regime.
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Macarena Vidal Liy, El País, Seul, 10/02/2018, 21:56 hs
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