O ESTADO DAS COISAS
Tudo está pronto para os Jogos Olímpicos mais politizados desde a guerra fria. A Coreia do Norte, a grande protagonista depois de aceitar – contra todos os prognósticos – participar do evento organizado pela Coreia do Sul, afirma não querer transformar a competição em palanque político. Mas na quinta-feira (8), 24 horas antes da cerimônia de abertura no condado de Pyeongchang, o norte enviou uma dupla mensagem: realizou um desfile para exibir mísseis intercontinentais em sua capital, uma advertência sobre a fragilidade do incipiente degelo entre os dois países. No sul, por outro lado, a delegação norte-coreana participou de iniciativas de fraternidade.
Nenhum palanque é mais político do que o palco do Estádio Olímpico de Pyeongchang nesta sexta-feira, quando as duas Coreias marcharam juntas no desfile de abertura graças ao súbito degelo em suas relações desde as conversações de janeiro.
Lá estava a delegação norte-coreana de mais alto nível que já pisou no Sul desde o fim da guerra (1950-1953), liderada pelo chefe de Estado Kim Yong-nam – uma figura protocolar – mas também Kim Yo-Jong, a irmã do líder Kim Jong-un. A delegação, que chegou ao Sul em um avião particular nesta sexta-feira às 13h30 (2h30 em Brasília), encontrará não apenas com o presidente do Sul, Moon Jae-in, partidário de uma aproximação com o país vizinho. Também estará lá o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que advertiu, ao chegar ao país na quinta-feira, que “todas as possibilidades continuam abertas”.
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Macarena Vidal Liy, El País, Gangneung (Coréia do Sul), 09/02/2018, 12:13 hs
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