quinta-feira, 22 de novembro de 2018

BORA BAEEA!

Uma mascote negra. Homenagens a Marielle Franco e Moa do Katendê, assassinados por motivações políticas. Criação do “Bolsa Ídolo”, que ampara ex-jogadores em dificuldades financeiras. Ronda Maria da Penha no estádio da Fonte Nova para proteger as mulheres. Solidariedade a Claudia Leitte após a cantora, torcedora tricolor, sofrer assédio machista do apresentador Silvio Santos. Ao inovar com seu Núcleo de Ações Afirmativas, o Esporte Clube Bahia pretende não apenas promover transformações sociais por meio do futebol, mas se consolidar como o time mais democrático e inclusivo do Brasil.
O desafio surgiu no fim do ano passado, quando o empresário Guilherme Bellintani, então secretário de ACM Neto (DEM), decidiu se afastar do trabalho na prefeitura de Salvador para concorrer à presidência do Bahia. Durante a campanha, ouviu apelos de sócios e torcedores para que o clube dialogasse mais com a torcida e se integrasse melhor à comunidade baiana, fazendo valer a fama de time da massa. Depois de vencer a eleição, não teve dúvidas em instituir, logo nos primeiros dias de mandato, o único departamento de ações afirmativas do futebol brasileiro. “O Bahia representa muito da identidade cultural e social do nosso Estado”, afirma Bellintani. “Por isso, temos obrigação de nos posicionar, frear extremismos e apoiar causas que vão além do campo de jogo.”
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Breiller Pires, El País, 21/11/2018, 20:51 hs

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