sábado, 22 de outubro de 2011

DEVIR-PENSAMENTO


Consideremos a psicopatologia com  os seus  sintomas+sinais =diagnóstico, ao jeito da psiquiatria.  Mesmo  tal    enunciado corresponde  a  uma  multiplicidade. O paciente é  composto por  linhas singulares misturadas às  linhas diagnósticas. A vivência  de cada  uma delas corresponde  aos  devires em curso ou a serem desencadeados. A multiplicidade-paciente compõe-se com outras,  inclusive a multiplicidade-médico-que-o-atende ou o  psicoterapeuta, etc. Ligá-la  a outras  multiplicidades  implica  em    considerar  o Encontro no próprio  seio  dessa realidade. Sem o encontro não há multiplicidade, ou  o inverso. Os  devires  são   relações singulares  com  as pessoas, os  objetos, o mundo. A  rigor, eles  não  são  mas  tornam-se, esta a própria  definição do verbo. No caso do devir-pensamento, muda   a concepção de cérebro, muda a prática  clínica (...)

Antonio Moura - do livro Trair a psiquiatria, a ser lançado no dia 25/10/2011, em Vitória da Conquista.

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