FALAR EM SEU PRÓPRIO NOME
Não estou destruído. Não é isso. Não há cinzas, nem repúdio, nem frustração. Simplesmente, minha emoção e meu humor saíram do consultório. Eu não era incompetente. Não fracassei. Ainda atendo muito bem. Ouço bem e sou hábil. (Mas a prática não se justifica que se continue praticando alguma coisa. Senão, um pistoleiro e um torturador estariam justificados porque gostam do que fazem, porque o fazem bem e as pessoas lhes pedem para fazê-lo). Talvez a única forma de ser honesto é ser disfuncional. E esse é um estado confuso para estar, Michael. Mas quando se chega a esse estado insano e desarrumado, pelo menos você sabe que não sucumbiu à mediocridade. Permite que suas emoções assumam a liderança e segue o que o coração diz. O meu coração deixou a terapia, e considero imperícia trabalhar a alma sem o coração.
James Hillman - do livro Cem anos de psicoterapia... e o mundo está cada vez pior (em parceria com Michael Ventura).
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