Grupos: tempo e caos (*)
Antonio Moura
A maior parte dos grupos humanos está assujeitada a instâncias transcendentes. Pode ser o eu do líder, o nome da família, a imagem do rei, as palavras do mestre, certa filosofia, as coerções de uma organização, a competitividade, a palavra da mídia, a ciência, o consumo automático, a arte, a revolução, Deus, o partido, etc. A lista é praticamente infinita. O que esses dados heterogêneos tem em comum é a função de conduzir o grupo em direção a objetivos fora dele mesmo. Ou seja, o grupo só existiria a partir de algo que o ultrapassa como vivência concreta de si. Essa vivência recolhe o que vem de fora (pois nenhum grupo surge do nada ) e ergue uma crença no seu imaginário a qual se torna parte de um senso comum grupal. “Todos pensam assim”. Tal crença coletiva faz do grupo uma natureza que o “autoriza” a assumir uma espécie de essência, forma e status. Irão aí medrar as futuras burocracias e os micro-fascismos, de onde a instituição da Grupalidade fabrica um refúgio bem sucedido das forças do tempo e do caos. “Você não é dos nossos”. “Morte ao estrangeiro”, “só entra aqui sendo...” são palavras de ordem que passam a ressoar na vida do grupo como formações inconscientes. Isso significa que as pessoas, os indivíduos, os eus não estão no jogo. No seu lugar o desejo grupal maquina corpos em busca de territórios estáveis onde alguém se reconheça. “Eu sou o grupo”. Trata-se de uma subjetividade grupal.
(*) Texto em elaboração
Excelente!!!! Vá em frente que tá demais!!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk
Bora Baeeeaaa agora!!!!