terça-feira, 6 de novembro de 2012


A CONSCIÊNCIA NÃO É O CÉREBRO

(...) (...) O conceito de consciência está presente, de modo explícito ou não, na clínica psicopatológica desde os seus primórdios. Pode-se dizer que  é  impossível  realizar  o exame  do  paciente sem pôr a questão: “ele está consciente”? Trata-se do conceito clínico de grau (ou  nível) da  consciência. Da vigília (a  normalidade)  ao coma, desenha-se  um espectro  de  graus de consciência (torpor, turvação, obnubilação, etc) em que as estruturas neurocerebrais estão comprometidas. A equação consciência=mente=cérebro é adotada como resposta teórica à  clínica dos transtornos mentais de origem  orgânica. Quanto mais alguém está consciente, melhor  estará funcionando o seu cérebro e por extensão a mente. Contudo, o exame pode  ser  esmiuçado: “o indivíduo sabe o que  faz”? Ou  “ele  tem noção (=consciência) dos seus atos”? Um sentido moral se insinua,  ficando  encoberto pelo sistema fechado  “cérebro/mente”.
(...)
A.M.

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