quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SÓ EXISTE O DESEJO E O SOCIAL

Uma psiquiatria materialista trabalha, sobretudo, os afetos do paciente. E do psiquiatra .É por eles e com eles (os afetos) que tudo se move. Tal psiquiatria "maldita" busca poduzi-los como formas subjetivas estranhas às padronizações sociais instituídas, como, por exemplo, as do diagnóstico "cidológico", a bíblia do psiquiatra servo do sistema. Tarefa inglória, até porque muitas vezes o próprio paciente quer um diagnóstico. Daí surgir a pergunta não incomum "o que eu tenho, doutor?" Então, se por um lado Afetos de toda ordem dão consistência à clínica psicopatológica, a Produção como fluxo incessante de vida (signos, semióticas, matérias), faz da prática técnica a referência maior para o Encontro com o paciente. Isto não se dá entre pessoas, não com uma pessoa (o paciente) mas com o mundo psicossocial expresso em processos singulares: o avesso da ordem, o im-paciente.

A.M.

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