sábado, 7 de outubro de 2017

HELEY, QUANDO A VIDA NÃO MORRE

Ensinar era o propósito e o símbolo da reconstrução da vida da professora Heley de Abreu Silva Batista. Aos 43 anos, cuidava dos alunos como se fossem seus filhos antes de ter o corpo queimado durante a luta travada com o vigia Damião Soares dos Santos, que ateou fogo na creche em que trabalhava, em Janaúba, no norte de Minas Gerais. “Ela jamais deixaria os alunos para trás”, diz a professora de educação física, Evani Cunha, que trabalhou com Heley ao longo de 15 anos. “Os alunos a ajudaram a dar a volta por cima depois da morte do filho. Ela não sossegaria enquanto não salvasse todos eles.” O primogênito de Heley morreu afogado na piscina de um clube da cidade, aos quatro anos, quando ela estava grávida do segundo filho. Naquela época, era professora do ensino fundamental. Encontrou forças no convívio diário com crianças. A sala de aula lhe ensinou que era possível reencontrar a esperança e tocar em frente.
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Breiller Pires, El País, Janaúba, 06/10/2017, 23:55 hs

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