IGUALDADE COM LIBERDADE
O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, adquiriu neste ano um significado e uma emotividade especiais. As mulheres foram convocadas a paralisações parciais e mobilizações em todo o mundo, incluindo uma greve geral de 24 horas na Espanha.
O protesto tem um de seus pilares no âmbito trabalhista, onde persiste uma importante disparidade salarial e de responsabilidades, mas também no doméstico, onde a desigualdade nas tarefas e cuidados é ainda mais acentuada, sem esquecer a violência e o assédio sexual, uma mancha que nos abala e remexe no que há de mais profundo como sociedade. O objetivo da mobilização desta data é transmitir uma mensagem taxativa: que é necessário pôr fim à discriminação, à subordinação, ao assédio e à violência que todas as mulheres sofrem pelo simples fato de serem mulheres. São reivindicações justas, que há muito tempo deveriam ter sido alcançadas, e que devem ser partilhadas por todos.
Há quem veja no feminismo uma ideologia excludente, voltada contra os homens. É um erro: a igualdade entre homens e mulheres, consagrada no artigo 5º. da Constituição brasileira, é a base de uma sociedade democrática e, portanto, configura um mandato constitucional ao qual todos estão submetidos.
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El País, 07/03/2018, 18:37 hs
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