Tocaias do Mal
Devasta sempre devagar,
Como quem está construindo,
Como a noite recolhe o último
Resto de réstia em dia findo,
Sempre sem pressa se derrama,
Onda arrastando-se, de lama,
Para as cisternas, os baixios
Daquelas almas sem socorro,
Onde o amor deixa seu vazio
Que hospedará, neste verão,
O Mal e sua legião.
Alberto da Cunha Melo
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