SANGUE NO CHOPE
Estava tudo programado. Michel Temer voaria para o Rio de Janeiro para celebrar no domingo o aniversário de um mês da intervenção federal, completado nesta sexta-feira (16). Ao assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, a bandidagem derramou sangue no chope do governo. O presidente já não sabe se viajará ao Rio. Se viajar, substituirá a pompa de um balanço festivo por uma reunião de trabalho circunspecta, seguida de apresentação dos “resultados” e da reafirmação do compromisso de elucidar o duplo assassinato, punindo os responsáveis
A euforia do governo com a intervenção foi abatida a tiros. Morreu junto com a vereadora que, na véspera do seu fuzilamento, indagara no Twitter: “Quantos ainda vão ter que morrer?” Muitos morreram, mesmo depois que o general-interventor Braga Netto passou a governar a insegurança fluminense no lugar de Luiz Fernando Pezão. Mas todo o staff da gestão Temer está convencido de que o cadáver de Marielle desceu à crônica da intervenção como um desses símbolos que fazem a opinião pública despertar do sonambulismo.
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Do blog do Josias de Souza, 16/03/2018, 05:07 hs
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