SINTO QUE...
Ao psicótico, mormente o dito esquizofrênico,o acesso à Realidade é impedido pelas próprias máquinas instaladas no seu corpo que passa a ser o organismo cadastrado pela ordem médica e tornado útil pela família. Não se trata de demonizar a psiquiatria ou a família e sim de constatar um cruzamento de máquinas do desejo no coração da subjetividade. Assim ninguém é culpado, mas todos são atores/agentes da realidade em torno do psicótico e do próprio psicótico numa densidade existencial expressa na pergunta: “quem sou?”. Uma identidade para o psicótico é a busca implícita na clínica psiquiátrica.Ela é correlata à busca por uma identidade para o psiquiatra. Além disso, estabelece os sintomas “positivos” e “negativos”como signos de evidência do ser-psicótico. Ontologia da psicose. Mas as vivências não se expressam necessariamente por sintomas positivos ou por sintomas negativos. No segundo caso, a não expressão é também uma forma de expressão.Daí a afetividade psicótica escapar à semiologia psiquiátrica. Os fármacos podem até remover os sintomas, mas não tocam nos afetos que os geraram. Estes vêm primeiro...
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A.M. in Trair a psiquiatria
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