O FUTURO DO PLANETA
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Em 24 de maio, na segunda greve estudantil global pelo clima, cerca de 30 crianças e adolescentes brasileiros que protestavam foram recebidos pelo assessor de mudanças climáticas da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Oswaldo Lucon, que é também membro do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, afirmou, segundo a Folha de S. Paulo, que “passar para os mais jovens mensagens de total desesperança pode não ser o melhor caminho”. Diante do sentimento de urgência dos jovens, disse que é “importante brigar mas também tentar trazer soluções para os problemas”. Que deveriam se preocupar em crescer para ocupar cargos públicos e também nas empresas para então tomar decisões que produzam mudanças. O problema, para seus jovens interlocutores, é que só há 11 anos para impedir que o planeta aqueça mais do que 1,5 graus Celsius, o que parece tremendamente difícil com o atual quadro de adultos no comando. Os estudantes em greve climática sabem que não há tempo, que precisam mesmo é sacudir esses homens e mulheres crescidos, mas atarantados, antes que seja tarde demais.
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Eliane Brum, El País, 05/06/2019, 14:23 hs
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