CONCEITO DE ENCONTRO
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O Encontro é uma política. Ele não se dirige ao paciente como ser individual e empírico, mas como processo subjetivo inserido na trama das instituições. Essa trama é a mesma da qual faz parte o técnico que vai ao paciente.Não se trata de refletir sobre o papel político do profissional, mas de tornar as relações de forças a própria consistência dessa “etapa” do encontro. Outrossim, não se trata de fazer política fora do contexto da política (e qual seria esse contexto? o dos partidos? o do estado? o dos sindicatos?) mas de fazer da política algo intrínseco ao viver humano. Por fim, não chamar de “política” o que já não é político mas agir politicamente em estratégias embutidas. Fazer escolhas do tipo: a quem serve esse encontro? Para que serve? A quem interessa? O socius, “grávido” da política dos corpos, nos remeterá à ética. O roteiro se tece em linhas de potência (ou de não potência) de existir, fazer, criar, produzir o novo.
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A.M. in Trair a psiquiatria
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