10 ANOS DE CAPS: RELATOS DO TEMPO - 10
21 de setembro de 2011
Pouco antes de deixar Salvador (2010), conversando com o colega Antonio Nery, lhe perguntei: “estou indo para Conquista, e deverei trabalhar num Caps: se fosse você, preferiria atuar num Caps II ou no Ad?”. Ele me respondeu: “olha, Moura,sem pensar muito, um Caps Ad seria bem mais interessante para você; o trabalho envolve muitas questões sócio-culturais,o que faz da clínica e da pesquisa campos de um aprendizado rico”. Trabalhei no Caps Ad por cerca de 1 ano e meio. Ia só uma vez por semana, já que nos outros dias estava no Caps II. Frequentava as reuniões técnicas e depois atendi pacientes no mesmo horário da reunião. Aos poucos notei ser pouco produtivo ir só uma vez por semana. Além do mais, o Caps II aumentara a demanda... e então deixei o Ad. Resumindo, essa experiência (ainda que breve) expôs a extrema complexidade da "clínica das substâncias", onde os vetores psicossociais são a “essência” dos problemas. Isso pode parecer uma obviedade, mas, lembrando Nery na sua sabedoria, a experiência, sim, pode ser muito rica mas as soluções muito pobres.
A.M.
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