sábado, 24 de setembro de 2011

DEVIR-MIGUEL

Miguel tem 6 meses. Acompanho o fluxo dos signos que fazem brilhar os seus olhinhos prescrutadores. Busco ser este fluxo torrencial de cores, sons, imagens de um mundo desconhecido e misterioso. Neste circuito de trocas desiguais, apreendo que a vida  supera  as formas constituídas, como por exemplo a idade das rugas ou as dobras da pele recém-nascida. Assim, Miguel expressa o choro semiótico que me converte num sorriso  companheiro. Ele inaugura a cada minuto a viagem das intensidades de um devir-bebê. Não sou mais eu...

Antonio Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário