DEVIR-MIGUEL
Miguel tem 6 meses. Acompanho o fluxo dos signos que fazem brilhar os seus olhinhos prescrutadores. Busco ser este fluxo torrencial de cores, sons, imagens de um mundo desconhecido e misterioso. Neste circuito de trocas desiguais, apreendo que a vida supera as formas constituídas, como por exemplo a idade das rugas ou as dobras da pele recém-nascida. Assim, Miguel expressa o choro semiótico que me converte num sorriso companheiro. Ele inaugura a cada minuto a viagem das intensidades de um devir-bebê. Não sou mais eu...
Antonio Moura
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