PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE
O Estado, sua polícia e seu exército formam uma gigantesca empresa de anti-produção, mas no seio da própria produção, e condicionando-a. Encontramos aqui uma nova determinação do campo da imanência propriamente capitalista: não apenas o jogo das relações e coeficientes diferenciais dos fluxos descodificados, não apenas a natureza dos limites que o capitalismo produz numa escala cada vez mais larga enquanto limites anteriores, mas a presença da anti-produção na própria produção. O aparelho de antiprodução não é mais uma instância transcendente que se opõe à produção, limita-a ou a freia; ao contrário, ele se insinua em toda parte na máquina produtora, e a esposa estreitamente para regrar sua produtividade e realizar sua mais-valia (...) (...) É claro, o cientista não tem enquanto tal nenhuma potencialidade revolucionária, ele é o primeiro agente integrado da integração, refúgio da má consciência, destruidor forçado da sua própria criatividade. (...)
G. Deleuze e F. Guattari - do livro O anti-édipo
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