OS FÁRMACOS, AINDA...
Ouvindo uma aluna em sala de aula, me chegou a impressão de que a posição que defendo em relação aos fármacos não é clara. Então, vamos lá, rapidamente: 1- Os psicofármacos são avanços tecno-científicos inquestionáveis; mas isso é insuficiente; e o uso? 2-O problema é o da clínica, ou seja, prescrever fármacos de modo punitivo, em excesso, sem diagnóstico, ou com diagnóstico errado; 3-Ou prescrever fármacos quando a indicação é a psicoterapia; 4-Ou prescrever fármacos quando nem a psicoterapia é indicada. 5-A visão e a prática farmacológica são tributárias de uma epistemologia mecanicista, portanto, limitadíssima na apreensão da vivência do paciente; 6-Em face da inserção de poder da psiquiatria, a insuficiência dos fármacos transforma-se em danos reais ao paciente, naquilo que chamamos de psiquiatrização subjetiva. 7-Há muita mais a dizer; creio que será necessário voltar ao assunto.
Antonio Moura
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