quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O PRISIONEIRO

Lembro-me da minha primeira  manhã no presídio. No corpo da guarda, à porta do presídio, o tambor tocou a alvorada e dez minutos depois o oficial das sentinelas abriu os barracões. À luz baça de uma vela os presos se foram levantando das suas esteiras. Na sua maioria mostravam-se taciturnos e ainda com sono. Bocejavam, espreguiçavam-se e franziam as frontes estigmatizadas. Alguns persignavam-se, outros começavam a armar brigas com os outros.Lá dentro fazia um calor horrível (...)

Dostoiévski - do livro Memórias da casa dos mortos

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