segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SEM FORMA

Pensa-se demais em termos de história pessoal ou universal. Os devires são geografia, são orientações, direções, entradas e saídas. Há um devir-mulher que não se confunde com as mulheres, com seu passado e  seu futuro, e é preciso que as mulheres entrem nesse devir  para sair de seu passado e de seu futuro, de sua história. Há um devir revolucionário que não é a mesma coisa que o futuro da revolução, e que não passa inevitavelmente pelos militantes. Há um devir-filósofo que não tem nada a ver com a história da filosofia e passa, antes, por aqueles que a história da filosofia não consegue classificar.

G. Deleuze e C. Parnet - do livro Diálogos

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