O grupo contou com a participação de 4 (quatro) componentes, sendo que uma enviou justificativa da ausência. A sessão transcorreu com 3 cadeiras vazias (literalmente), o que por certo produziu efeitos sobre o andamento da sessão. Sessão de início arrastado, como a esperar a chegada de pelo mais duas pessoas, o que não ocorreu. O tema que preencheu as falas esteve ligado diretamente ao personagem-mãe. Ou, dito de outro modo, ao papel de mãe. Todas as 4 pacientes são mães. No grupo como um todo, só uma não é. Ser mãe expressou uma consistência própria ao modo de subjetivação em que a Alegria de ser mulher chega de tabela pela via dos filhos. Uma dificuldade para falar de si mesma, não descolando o personagem-mãe do papel de mulher e suas multiplicidades no mundo. Mesmo quando realizações apareciam como não vinculadas ao ser-mãe, elas eram postas num plano inferior de valorização existencial, social ou ético. A economia desejante encontrava-se "coagulada", portanto, no familiarismo que a sustenta. As mães trocaram identificações e penso que esta é uma linha existencial molar (identitária) passível de ser usada quando do trabalho com uma protagonista. Poderá funcionar como um continente grupal "confiável". Dir-se-ia: "elas me entendem e querem me ajudar porque também são mães como eu." Veremos se essa hipótese se confirmará.
Antonio Moura
... vivi esse filme... porém, sem resposta positiva à minha hipótese...
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