quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

SOBRE O MÉTODO DA DIFERENÇA

As crenças  são em  grande  parte  instiladas pelas formações  sociais que  atravessam  os modos  de subjetivação. Ao  escutar um  paciente, busque  saber algo  de  suas crenças, principalmente as primárias,  as  elementares.  A  subjetividade “necessita”   de   crenças. Poderá   até  mesmo  ser  a crença  na  psiquiatria como  remédio para os problemas mentais. Cai-se,  então,  na  redundância. Problemas sempre existem. Contudo ao  falar  (ou  pensar) “mentais”  há  uma coisificação do   sem-forma, uma   substancialização  da mente.  E   usa-se a  “coisa=mente”  como munição  de poder    para   assegurar um saber sobre  o  outro,  o  paciente. Na  lógica  do  Encontro não  buscamos  um saber,  mas  um  não-saber,  já  que  a loucura é  a “essência” do  não-saber, fundo sem fundo  da condição  humana. Então, a pesquisa  das  crenças  segue o  itinerário   do  acaso,  do  indeterminado e do  desconhecido (...)

Antonio Moura

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