AUTO-ENTREVISTA – 18/05/2012
O seu livro não é científico.
De fato, não houve pretensão de sê-lo.
Se não é científico, onde está a
verdade?
A
Verdade da Ciência não é a Única...
Por que ataca a psiquiatria?
Porque ela, digamos assim, pôs a cara desde há pelo
menos 300 anos. Questão estratégica. Além do mais, sou psiquiatra.
Não entendi.
Por
ser psiquiatra, falo de um certo lugar, ou melhor, do "lugar certo" para
falar.
Continuo sem entender.
É simples: pense numa espécie de
autocrítica sem culpa nem ressentimento; pense como Dostoievski: memórias da
casa dos mortos.
O que lhe moveu ao escrever?
Muitas coisas. Talvez uma das maiores
foi o desejo de afetar técnicos não psiquiatras em prol de linhas de pesquisa fora
do enquadre psiquiátrico.
Como é o seu diálogo com os psiquiatras?
Não existe.
Por que?
Porque a instituição psiquiatria é
poderosa e capturou quase todos.
Mas, você é psiquiatra.
Sim, psiquiatra e... muitas outras
coisas... multiplicidades...
Mais uma vez não entendi.
Não é para entender mesmo.
Obrigado.
Não há de que.
A. M.
O louco aqui da rua disse: "ATIVIDADE MÁXIMA, tá todo mundo 'papudo'!" E aí fez o famigerado gesto de "encher a cara".
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