ESQUECER, ESQUECER
Melhor insistir sobre o esquecimento. Na representação e oposição, há a memória: passando de uma singularidade à outra, uma e outra são mantidas juntas (por causa da circulação, por dispositivos, por fantasmas ou figuras libidinais dos bloqueios). Nesta memória está implicada uma identidade, o mesmo. No eterno retorno, como desejo de potencial, justamente não há memória. A viagem é uma passagem sem traço, um esquecimento, instantâneos que não são múltiplos senão pelo discurso, jamais por eles mesmos. Eis porque não há representação para este nomadismo de intensidades.
(...)
J.F. Lyotard - Notas sobre o retorno e o kapital
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