FRAGMENTO SOBRE O MÉTODO DA DIFERENÇA
De início, podemos dizer que o paciente não é uma pessoa, nem um indivíduo .Desse modo, não deve ser julgado. Ele é formado por linhas, fluxos, energéticas, movimentos, dobras, moléculas, átomos, vibrações, partículas infinitesimais que constituem processos de singularização existencial. Não se trata apenas de um eu ou de um cérebro. Ainda que a psiquiatria científica o coloque desse modo, ele é bem mais, um sistema de multiplicidades .Este conceito põe o real ao alcance da clínica, ou melhor, o real como sendo a própria clínica. Isso remete ao primado das relações e das práticas, em detrimento do sujeito ou do objeto vistos como entidades fixas. O encontro com o paciente é o encontro com relações e práticas que compõem uma vida. Esta é irredutível às linhas de visibilidade do organismo físico-químico.Não se restringe ao corpo visível. (Nenhum espiritualismo em tal observação).Uma vida enquanto multiplicidade funciona em devires.É o movimento o que conta, embora não seja percebido.
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Antonio Moura
Com algumas variações de palavras, faço das palavras dele as minhas. Muito bem colocada a palavra: desespero. Essa é a palavra mais do que correta. Como psicólogo, em Salvador, não tenho a menor chance. Aliado a essa, outras questões. Não participo dessa cultura. Vivo em casa, onde alguns amigos (virtuais) vem me visitar. Meu território se resume à vida de casado, com a minha esposa. Sobre alguma possibilidade de mudança de opinião: nenhuma.
ResponderExcluirSegue a entrevista em anexo:
http://www.youtube.com/watch?v=EMrlb7Pmick