Em psiquiatria clínica, é possível usar poucas associações medicamentosas? Elas embotam o paciente e o psiquiatra. Nestes casos, um diagnóstico revelador do que se passa, costuma ser descartado. Se, além do mais, for difícil captar a vivência mórbida, ficar na espreita do acontecimento já é um ganho ético. Escutar o vento nas orelhas do paciente. Ou apenas contemplar o que ele diz e o que se vê. Isso basta para começar o trabalho de garimpagem dos signos. Percutir as linhas do desejo talvez faça surgir algo que não anseie por fármacos.
Antonio Moura - do livro "Trair a psiquiatria", a ser publicado
Chegaram alguns alunos na especialização, alunos especiais, pagando pelas matérias fornecidas sob o título de "módulo especial". É uma coisa assim para ganhar mais dinheiro, sabe? Como se não bastasse o caráter autopropagandista da especialização. É assim que a coisa funciona. Quem acredita na Academia, vá se desiludindo. Quem acredita no conhecimento, vá se enriquecendo. O caminho é por aí.
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