Eis aí, estou sozinho aqui, ninguém gira à minha volta, ninguém vem em minha direção, à minha frente ninguém jamais encontrou ninguém Essas pessoas não existiram nunca. Não foram nunca senão eu e esse vazio opaco. E os ruidos? também não, tudo é silencioso. E as luzes, com as quais eu tanto contava, será preciso apagá-las? Sim, é preciso, não há luzes aqui. O cinza também não, é preto que seria necessário dizer. São apenas eu, de quem nada sei, senão que nunca falei disso, e esse negrume, de que também nada sei, senão que é negro, e vazio. Eis portanto aquilo de que, devendo falar, falarei, até que não tenha mais nada a falar. Dê o que dê.
Poema da Urgência
ResponderExcluirAnseio por uma cidade do interior
Liquid Love toca
a toca
(...)do cachorro
Liquid Love espanta
a anta
(...)do horror
Liquid Love é termodinâmico
o dinâmico
(...)das origens
De quem não veio daqui
Mas, de onde és?
E o que é Liquid Love?
Uma música delirante
que canta o que sou
como processo químico
eltrólise do estrangeiro
nato
Isac Neto