O futebol é trágico. Trágico porque é alegre, é imprevisível, não se dobra ao modelo quantitativo do seu "acontecer", está além e aquém dos comentários rasteiros de apresentadores pífios e caçadores da audiência imbecilizante, funciona na ambiguidade do futuro (quem vai vencer?), contém uma estética que precede toda racionalidade orgulhosa de si, trabalha com 90 minutos irreversíveis e imprevisíveis, joga com a sorte, investe no puro talento, contempla e considera a competência técnica, paquera e se embriaga da arte, é arte, é arte, pura arte, é completamente enlouquecedor para torcedores amantes do gol ou da bola na trave, desdenha dos teóricos da carteirinha do jornalismo chinfrin, sobrevive aos desmandos e corrupções dos poderes, surpreende nos descontos até aos mais desconsolados torcedores, enfim, por isso e muito mais, o futebol é uma LOUCURA santa, um dilúvio envolvente, ainda mais quando as cores são as do Baeea, minha porra.
Antonio
De Michael Jackson a Jóbson, o Bahia prevalece.
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