sábado, 25 de junho de 2011

O futebol é trágico. Trágico porque é alegre,  é imprevisível, não se dobra ao modelo quantitativo  do seu "acontecer", está além e aquém dos comentários  rasteiros de  apresentadores  pífios  e caçadores da audiência  imbecilizante,  funciona na ambiguidade do futuro (quem vai vencer?),  contém uma estética que precede toda racionalidade orgulhosa de si, trabalha com 90 minutos irreversíveis  e  imprevisíveis,   joga com a sorte, investe no puro talento,  contempla e considera a competência técnica, paquera e se embriaga da arte,   é  arte,  é arte, pura arte, é   completamente enlouquecedor  para   torcedores  amantes do gol ou da bola na trave, desdenha dos teóricos da  carteirinha  do jornalismo chinfrin, sobrevive aos desmandos e corrupções dos poderes,   surpreende nos descontos até aos mais desconsolados torcedores, enfim, por isso e   muito mais, o futebol é  uma  LOUCURA santa,  um  dilúvio envolvente, ainda mais quando as cores são as do Baeea, minha porra.

Antonio

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