CAPSOLÂNDIAS
Mas o certo é que a maioria dos Caps não funciona pensando na cidade, e em seus problemas mais candentes (...) (...) Tal linha de ação foi criando uma corrente tecnocrática: os Caps envelhecem prematuramente, segmentarizam-se, sua vida torna-se cinzenta, infantilizada e os profissionais são regidos pelas dificuldades e se enclausuram em diversas formas de corporativismo. Os recursos se reduzem, se repetem e as equipes, como dantes, voltam a centralizar-se no psiquiatra. Retornam os ambientes sombrios e o odor de haloperidol que caracteriza, pelo cheiro, o hospício ou a clínica.
Um Caps burocrático é um Caps que cheira mal (...)
Lancetti, Antonio - Clínica peripatética, S. Paulo, Hucitec, 2006, p.47.
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