QUAL LIBERDADE?
A circulação dos signos, suas relações com as estruturas técnicas de transmissão, não unicamente o universo televisivo, mas também todos os outros caminhos tomados para levar uma mensagem de um local para um outro, oferecem ocasião de esvaziar a liberdade de seu conteúdo libertário para preenchê-lo com outra matéria, comestível unicamente dentro do mercado liberal. A liberdade se reduz à possibilidade de se inscrever numa lógica mimética, de tomar parte na corrida dentro da qual todo mundo visa à ascensão aos estágios superiores da escala social proposta num modelo único pelo mundo mercantil. Liberdade de ter, liberdade liberal, contra liberdade de ser, liberdade libertária (...)
M. Onfray - do livro A política do rebelde - tratado de resistência e insubmissão
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