quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PARA ALÉM DA QUÍMICA - I

A questão do uso das drogas psiquiátricas remete a múltiplos vetores da análise. Podemos citar  1- o diagnóstico psiquiátrico, ato que precede a prescrição  farmacológica, é  impreciso, para  dizer o mínimo; 2-ainda quanto ao diagnóstico, ele não é o paciente, e sim representa o paciente; é uma função e não uma essência.; 3-a epistemologia médica é positivista, mecanicista, calcada na etiologia linear causa-efeito; 4- a pesquisa psiquiátrica é tosca e rasteira  como produção de conhecimento sobre a subjetividade; 5-a psiquiatria não dispõe de uma teoria da subjetividade nem dos afetos, elementos psíquicos que   "sustentam" o processo subjetivo. 6- a indústria farmacêutica produz remédios, óbvio, mas produz também quem toma os remédios, o paciente e por extensão,a família que o leva ao psiquiatra e diz amém às suas receitas... Há outros vetores. O essencial a destacar é o fato de que o remédio não é um mal em si, já que  às vezes dá a impressão o  texto do  documentário abaixo.

Antonio Moura

Nenhum comentário:

Postar um comentário